quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um evento na Lapa, Rio de Janeiro


Rio, Lapa, início da noite de uma 5a.feira. Uma chuva fina, os bares se preparam para mais uma noite que deve bombar. Cada vez mais bares, quiosques, carrocinhas, ambulantes, todos vendem cerveja e muito mais. Rua Joaquim Silva, a escadaria de azulejos está mais linda ainda do que quando a vi pela última vez, talvez uns três anos atrás. Procuro o número 71, imprimi o convite que recebi por email e confirmo o número. Evento de um grupo de artistas jovens, não os conheço mas hoje estou mesmo pela Lapa e sedento (morador que sou do deserto do Planalto) de ver o movimento artístico, tudo, tudo, da Bienal aos eventos off-off-off. Grupo Gomo, e os artistas são Tahian Bhering, Jonas Aisengart, Jorge Allen, Andrei Yurievitch, Flávio Villanova, Horácio Dutra, Adeildo Roriz, Julio Ferretti e Joto. O número 71 é um edifício de 3 ou 4 andares, sem elevador, cercado dos lindos sobrados do Rio antigo, e os artistas ocupam a garagem (exibição de vídeos - vi um de uma performance de um homem-múmia passeando no centro do Rio e sendo ignorado pelos transeuntes - e um bar com cerveja bem gelada), o apto. 101 (uma individual de Adeildo Roriz com interferências em jornal, pinturas e objetos, converso um pouco com o artita e ganho um livro, peço um autógrafo) e o apto. 302 (coletiva de trabalhos em maioria com fotografia). As pessoas são interessantes, alegres e hospitaleiras. Os trabalhos tem coisas interessantes, percebe-se a vitalidade de jovens artistas, talvez ainda fora do circuito mas cavando seu espaço. E esta tendência que é tão século XXI, o Coletivo. Pena que tenho que sair cedo, senão tomaria outra ceveja e conversaria um pouco mais. Na saída encontro o artista Daniel Murgel, que está chegando para o evento, pena que tenho que sair tão cedo, pois agora é que vai começar a bombar...

2 comentários:

Adeildo Roriz disse...

...q bacana reler estas palavras 07 anos depois. Josias, vc é o cara q sempre vai, vê e, por conseguinte, vence! Adeildo Roriz! Gomo- a mais pura verdade!

Jozias Benedicto disse...

Obrigado, Adeildo Roriz! Ficou registrado e está aí! abraços