domingo, 20 de junho de 2004

Aquarelas sobre convites

Quatro aquarelas feitas sobre papel reciclado (convites de desgustação para vinhos argentinos) Posted by Hello

quinta-feira, 17 de junho de 2004

"Seis Profanos Corações"

Mais uma aquarela da série "Seis Profanos Corações". Posted by Hello

terça-feira, 15 de junho de 2004

Pequeno Coração

Acrílico sobre tela, 25x25cm, o nome é "Pequeno Coração", terminada ontem. Posted by Hello

Um dia de sol

Sombras da persiana sobre o São Sebastião do Glauco Rodrigues e a cena de praia do Enéas Vale Posted by Hello

domingo, 13 de junho de 2004

Luiz Pizarro

Exposição do Luiz Pizarro na Galeria Anita Schwartz, na Barra. Bom trabalho, boa pintura, uma retomada à força e à qualidade da pintura do Luiz Pizarro da década de 1980 (Geração 80). Ele retoma o tema do corpo, usando lutadores. O tratamento faz uma textura quase de pedra, que se contrasta com as cores – azuis, vermelhos, violetas... – delicados como asas de borboletas...

Violetas africanas

Os jarros Posted by Hello
Jarros com violetas africanas na janela da cozinha, e o pequeno acrílico sobre tela (25x25cm) "Africanas Violetas", que terminei hoje. Posted by Hello

sábado, 12 de junho de 2004

Ivan Serpa

Semana passada eu revi a exposição retrospectiva do Ivan Serpa no Paço Imperial. Claro que é pequena para mostrar o que foi o Ivan Serpa, a multidão que havia dentro de um só artista, o espírito solto e o rigor na conduta e na execução, a capacidade de despertar consciência e de agregar valores, a pesquisa, o não compromisso com o estabelecido, a ousadia de sempre buscar novos caminhos, e mais que tudo isto, a suprema estética que ele nos revelava em cada obra sua. Ele esteve sempre na vanguarda do pensamento artístico brasileiro, mas sempre sem se escravizar a uma só linha de pensamento, e espalhou esta sua consciência entre as centenas de alunos. Morreu jovem, com apenas 50 anos, em um abril quente, já são 31 anos. O Brasil não tem memória, isto já virou um lugar comum, e em 2003, quando o Ivan faria 80 anos (e 30 anos de sua morte), tivemos algumas iniciativas dispersas de o lembrar: a exposição centrada na fase op-erótica no Espaço Cultural Antônio Bernardo e a exposição de um caderno de aquarelas na Galeria Mercedes Viegas. Em vista destas, a exposição do Paço é uma retrospectiva, e apresenta um apanhado da sua obra, calcada no excelente livro sobre sua obra, editado em 2003. Do Paço, destaco uma excelente montagem para a Fase Negra, e o aspecto retrospectivo mesmo, de resumir a multiplicidade das fases em obras significativas. Ver a exposição me remete ao passado, lembro o Ivan dando suas aulas, e fazendo do Centro de Pesquisa de Arte na Rua Paul Redfern da Ipanema dos anos 1970 um centro irradiador da vanguarda em arte mundial. Isto ficou mais forte na minha primeira visita à exposição, logo depois da inauguração, quando lá encontrei com a Mônica Barki, também antiga aluna do Ivan, minha “colega de bancos escolares”, e rememoramos um pouco o passado. Sem o menor alarde, recebíamos visitas: Volpi, Tenreiro, Helio Oiticica, as Lygias (a Clark e a Pape)... e os então jovens como Waltércio, Antonio Manuel... e no papel de alunos mais antigos: Jerry (depois conhecido como Gerald Thomas), Emil Forman, Paulo Gomes Garcez... No prédio todo branco, bem perto da Praia de Ipanema e do Jardim de Alah, aquelas telas da fase dos quadradinhos (a frase ouvida no Centro era: “teve uma época que todos começaram a pintar quadradinhos...”, claro que seguindo o Ivan), as centenas de permutas das serigrafias, as lindas nanquins eróticas vindo do moldureiro (a nossa boa Artefacto). Éramos jovens, tínhamos a vida e a arte pela frente. Os anos 1970 eram os anos de chumbo da ditadura mas em Ipanema havia um espaço de ousar, e para mim no centro desta ousadia estava o Centro de Pesquisa de Arte, e no centro do Centro, a figura carismática do Ivan Serpa. Hoje, uma surpresa: na novela das 8h da Globo, no quarto cenográfico da personagem Beatriz Vasconcelos, vejo (dedo certamente do Gilberto Braga) um belo Ivan Serpa da fase abstrata (talvez uma reprodução do "Jeanne d'Arc", mas para mim o melhor de todos desta fase é o da coleção do Ivo Pitanguy, com os azuis). Todos eles, o do Pitanguy e o da Beatriz V., estavam no Paço, e isto me diz que a vida afinal imita a arte, ou que os grandes homens não morrem, ficam encantados, ou qualquer outra coisa que seja, mas, enfim, me volta ao Ivan e ao que teria sido a Arte Brasileira se ele não tivesse ido embora naquela tarde quente de abril de 1973.

sexta-feira, 11 de junho de 2004

Fotolog

Consegui, depois de algumas tentativas (são só 500 novos membros aceitos a cada dia a partir de 1h da madrugada no horário do Rio, em 10min a quota de 500 já se esgota) me cadastrar e criar minha página no Fotolog.
Coloquei uma foto da mesa do atelier hoje de manhã, ainda cheia dos trabalhos de ontem: telas pequenas, encerrando várias telas que estavam pendentes, iniciando telas novas. Interrompi aquela tela de 100x90cm, e a estratégia que tracei para mim no momento é: atacar muitos trabalhos em paralelo para descontrair, romper a postura perfecionista, a compulsão do bom acabamento, e a segurança do figurativo muito certinho que conduz ao narrativo, à ilustração. Daí o tamanho pequeno: 30x40cm, 40x40, 40x50, 50x50cm a maior. Um trabalho mais solto, mesmo sujo, com muitos elementos e muitos resultados irregulares, para uma fase posterior de depuração e limpeza. E me policiar para evitar que a fugura seja o porto seguro, que a narração seja a minha muleta. E com muito prazer no fazer.

terça-feira, 8 de junho de 2004

Trabalhando em uma tela de 1m x 90cm, ainda sem título. A área mais escura do lado direito é um defeito da fotografia. Ainda vou trabalhar mais na "neblina", fazê-la bem carregada, e talvez incluir outros elementos. Posted by Hello

segunda-feira, 7 de junho de 2004

999 dias/999 desenhos

Como proposta é claro que é um descendente direto de propostas do Christian Boltanski nos anos 1970, ou um pouco como muitas outras propostas que falam do passar do tempo, do marcar o tempo (Opalka, por exemplo) E como desenho, folheando agora os já 5 cadernos, chegando na marca dos 300 desenhos, o resultado é bem irregular: bons desenhos, esboços, anotações, pesquisas, rabiscos... Mas ter começado este trabalho, em agosto de 2003, na onda de minha retomada das artes, foi muito importante para mim, como está sendo importante dar continuidade, um desenho a cada dia, como um diário sem palavras (às vezes com palavras), sem a preocupação de refletir o ocorrido a cada dia, mas marcando a passagem do tempo, a passagem do meu tempo. Como o náufrago ou o prisioneiro marcando os dias de sua pena. Ou o general ainda vitorioso contando os mortos e se sentindo cada vez mais vivo.
Desenhos numero 168 e 293 Posted by Hello

domingo, 6 de junho de 2004

Cena doméstica

Peixe da decada de 1950 em porcelana enfrenta onça em cerâmica da Serra da Capivara, Piauí, sobre a estante do corredor Posted by Hello

Ainda na estante

Jabuti (em cerâmica) na estante do corredor, entre uma aquarela do Gonçalo Ivo, uma caixa do Eduardo Barreto e uma gravura ("Casal") do Gregório Gruber Posted by Hello
Mesa do atelier, com algumas das aquarelas de ontem à noite Posted by Hello