A data é setembro/2008. O local, uma das galerias novas e poderosas no Chelsea, NYC. O trabalho é de um artista chinês (todos para mim com os nomes muito parecidos). Devo ter tudo anotado, acho eu, e fico devendo: nome da Galeria e do artista, e o outro dever de casa meu é ver se este artista esteve nas duas exposições de artistas contemporâneos chineses no Brasil (CCBB e MASP, veja post abaixo). Provavelmente não. Minha suspeita é que o mercado internacional de arte descobriu na China um estoque imenso de artistas que produz a preços relativamente baratos e que, com divulgação, podem estourar nos leilões internacionais, algo muito semelhante à produção chinesa de camisas, brinquedos ou outros produtos que, usando insumos baratos, um pouco de trabalho escravo, fraco controle de qualidade etc. etc. etc. inundam as lojas de 1.99 do mundo globalizado inteiro. O pulo do gato do mercado de arte é que os produtos artísticos chineses, a partir da apropriação por este circuito de arte, deixam as lojas de 1.99 e caem na
Sotheby's ou na
Christie's, se transformam em "luxury goods", com lucros exponencialmente maiores do que as pobres camisas e brinquedos. Bom, mas de qualquer forma o resultado que se
vê é muito melhor que a arte do camarada Mao (não o Mao do Andy Warhol, claro, o do livrinho vermelho).
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