quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Leituras

Finalizando a releitura de "As Inciais", e antes de entrar no próximo passo da minha programação de releituras do Bernardo Carvalho, com o "Teatro", uma leitura de avião (sem demérito), o novo livro da historiadora Mary del Priori - "Condessa de Barral, A Paixão do Imperador". A autora, além de participar de livros mais voltados para a pesquisa (História da Vida Privada no Brasil), tem se dedicado a romances históricos, em trono do Império Brasileiro. O primeiro que li foi "O Príncipe Maldito", a história romanceada do príncipe brasileiro D.Pedro Augusto, neto de D.Pedro II, filho da princesa Leopoldina (sobrinho portanto da Princesa Isabel, herdeira do trono) e de Augusto de Saxe-Coburgo. Pedro Augusto foi cogitado como sucessor de D.Pedro II, uma vez que a herdeira Isabel era odiada, por ser mulher, carola, totalmente dominada pelo marido Conde d'Eu e pela Igreja, enfim... Pedro Augusto cresceu, mas a Proclamação da República pegou todos de surpresa... e Pedro Augusto foi o único da abúlica família Imperial que tentou reagir contra o golpe republicano (sem êxito, claro...), a falta de perspectivas fez com que ele acabasse louco. Um dos meus trágicos e românticos heróis monárquicos prediletos, ao lado de Alexei Romanoff. No aeroporto vi o livro sobre a Condessa, comprei e li nas esperas de vôos deste novo apagão versão verão 2008-09. Um livro muito interessante, resume a vida de Luísa Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Pedra Branca e Condessa de Barral, perceptora das imperiais princesas Isabel e Leopoldina, e paixão do Imperador Pedro II. A Condessa era 9 anos mais velha que o Imperador, e o tempo que passarm efetivamente juntos, somando tudo, foi curto, além disso a situação de ambos casados, da vigilância da opinião pública, tudo fez com que o relacionamento fosse singular, aos olhos de hoje. Mas as monarquias todas foram singulares, é complicado entender tudo isso com as nossas cabeças laicas e republicanas do Século XXI, e a autora tenta nos trazer a este mundo: com base nos docuemtos factuais (principalmente as cartas trocadas entre os amantes), reconstituir as motivações dos protagonistas, e nisso ela tem bons resultados.

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