O livro é um jorro de palavras, sem separações de capítulos nem de parágrafos. Presente e passado se entrelaçam em imagens fortes que o Narrador despeja como que em tempo real do pensamento, para falar de sua busca erótica frenética e insaciável. O homoerotismo se soma à redescoberta do sexo com sua mulher, com lembranças de lutas eróticas na infância, com orgias em um submarino meio nazista, com fantasias sobre a sexualidade do filho adolescente e mesmo com o sexo afetuoso, quase amor, com uma cabra... Estou gostando muito. J.G.N é um grande escritor brasileiro, eu li pouco dele ainda, mas a leitura deste livro, lançado em 2008, que ele descreve como uma "epopéia libidinal", está me deixando com vontade de, terminada a releitura dos primeiros Bernardo Carvalho, viajar na leitura completa dos seus livros. É um projeto para mim em 2009; o outro é ler (finalmente)
Ulysses, do James Joyce (acho que agora tenho a maturidade para). Já que é tempo de resoluções de Ano Novo, o terceiro projeto seria retomar e terminar a leitura do Pedro Nava (mas P.N. talvez seja assunto para outro post).
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