quinta-feira, 19 de março de 2009

Pedro Varela na Gentil e no SESC Pompéia


Recebi email do artista Pedro Varela com algumas imagens dos trabalhos que estão na exposição Paisagem, parte do projeto Tripé, no SESC Pompéia (SP), e também o convite para a individual na galeria Gentil Carioca, que abre no próximo sábado dia 21, e que terá uma grande colagem de vinil adesivo ocupando todas as paredes da galeria.
O trabalho do Pedro tem crescido bastante, a sua imaginação em criar universos fantásticos se alia ao perfeccionismo na execução. Interessante é comparar seu trabalho com o registro de trabalhos que obtiveram sucesso na recente PULSE NYC 2004, que cito em meu post anterior, e verificar os pontos de contato.

O trabalho de Pedro Varela está bem dentro da tendência de valorização de desenhos/trabalhos sobre papel, especialmente os obsessivos em sua técnica e com temas lúdicos, fantásticos; por exemplo, o trabalho do artista inglês Kevin Osmond, que em sua série Nowhere Land também trabalha com maquetes suspensas, como Pedro; são trabalhos com conceitos diferentes mas com muitos pontos em contato, o que me reforça a idéia da contemporaneidade do trabalho do Pedro, que poderia estar, com sucesso, na PULSE, assim como já esteve na ARCO e em outras mostras. Um universo e uma temática bem dele, um virtuosismo no trabalho, a busca de sair dos limites do desenho, do bidimensional, as maquetes de mundos imaginários flutuantes, tudo isso que caracteriza o trabalho do Pedro e que faz das exposições na Gentil e no SESC momentos imperdíveis.

Depois, troquei alguns emails com o Pedro sobre sua experiência de morar no México, seguem os pontos principais do depoimento do artista:
"Eu e Carol nos mudamos pro México mais ou menos na loucura..." (Carol é a artista Carolina Ponte, mulher de Pedro e sua colega na EBA, com um trabalho sutilmente crítico e que abordarei em outro post) "Os pais dela já estavam morando lá a mais ou menos 1 ano e dai resolvemos visitá-los. Nos encantamos com toda a loucura do México, com a justaposição de mundos, de culturas, de histórias. Ficamos muito impressionados! Para os mexicanos eu falo que resolvemos nos mudar para lá por causa da comida e da cerveja... hehehehehe Mas a verdade é que pensamos que se a gente não fizesse uma loucura logo nunca mais faríamos. Não estamos fazendo residência nem faculdade, mas sempre pensamos nesta possibilidade. Além disso eu e Carol já organizamos uma exposição para a Fototeca de Veracruz chamada Realidades Imposibles, que apresentou trabalhos de 20 artistas brasileiros, incluindo Nino Cais, Marcelo Amorim, Rodrigo Torres, Brígida Baltar, Glaucia Mayer, João Penoni, Chico Fernandes e muitos outros artistas bacanas.
Estamos aos poucos conhecendo melhor a cena artística de lá do México. Estou começando a me relacionar com uma galeria muito boa de lá chamada Enrique Guerrero. Já participei de uma exposição relâmpago lá durante o SITAC, que é o simposio de arte e teoria mais importante do México e provavelmente da América Latina. Apesar de ter sido uma exposição rápida muita gente viu meu trabalho lá. "

Nenhum comentário: