Pintor nascido em Bruxelas (26/05/1602), em plena era do Barroco, foi aluno do pintor de paisagens Jacques Fouquières. Em 1612, já residindo em Paris, trabalhou com Nicolas Poussin na decoração do Palácio de Luxemburgo, sob a direção de Nicolas Duchesne, com cuja filha casou-se.
Após a morte de seu sogro e protetor, Champaigne trabalhou para a Rainha Mãe Maria de Médicis e para o Cardeal Richelieu, tendo sido um membro fundador da Academia Real de Pintura, em 1648.
Produziu grande número de pinturas, principalmente trabalhos religiosos e retratos. Foi influenciado por Rubens no início de sua carreira, seu estilo se tornando posteriormente mais austero, inclusive com influência do pensamento Jansenista. Morreu em Paris em 12/08/1674.
É do pintor esta vanitas de 1671, “Natureza Morta com um Crânio”. Tudo me encanta nesta pintura: A simplicidade da composição (os objetos, sobre uma mesa, encaram frontalmente o espectador; a mesa avança na direção deste, com os cantos fora do enquadramento, como se o espectador estivesse sentado à mesa, encarando-os; o fundo é sombra). A sobriedade do tratamento pictórico. O simbolismo dos objetos (o crânio, ao centro; nas extremidades, a flor que brota e a ampulheta que marca o tempo que se vai). A referência não só à história da pintura, mas à história do pensamento humano, a uma época onde uma visão religiosa do mundo imperava e moldava o pensamento. Tudo isso, gosto de ver, em uma pintura pequena porém prenhe de significados.
2 comentários:
Gosto muito do seu trabalho,me faz lembrar do Francis Bacon e suas telas carregadas de sentimento e técnica.O congratulo pela sensibilidade e comoção que passa com esta série inspirada em Philippe de Champaigne,abraço.
arlindo, obrigado pelo comentário! abraço
Jozias
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