Como há alguns anos, a Galeria Mercedes Viegas exibe uma mostra coletiva, com um apanhado dos artistas representados pela galeria e também do acervo. Não funciona só como um retrospecto das exposições do ano que passou e uma prévia do ano seguinte, já que apresenta, ao lado de obras novas, trabalhos mais antigos; em diversos meios; sempre um grande número de artistas e trabalhos; e a boa montagem tira partido desta diversidade. Este ano uma surpresa interessante: um espaço que funciona como reserva técnica da galeria está aberto e mostra um acúmulo de trabalhos - nas paredes, do chão ao teto e mesmo acima da porta, em uma mesa baixa de centro. É quase como uma pequena sala abarrotada de ex-votos; mas a coisa funciona, a sensação é de que o espectador "invadiu" um arquivo que está oculto a maior parte do tempo. São 32 artistas, entre eles:
Rubens Gerchman (logo na entrada, um trabalho maravilhoso, uma construção em madeira com a moldura de vidro da Lindonéia enquadrando uma linda pintura; e um pequeno beijo na reserva técnica),
Antonio Dias,
Daniel Senise,
Ivens Machado,
Bechara (um lindo tríptico, em vermelho e e oxidações),
Sued,
Waltércio,
Ângelo Venosa (uma linda escultura grande e um múltiplo, em lâminas de MDF),
Daniel Murgel,
Marta Jourdan (um bule dourado que "vomita" metal),
Ricardo Ventura... muitos mais. Uma boa exposição e, no sábado quando visitei, com boa frequencia mesmo com a concorrencia de um lindo dia de sol e praia no Rio.
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