Últimos dias da exposição e uma surpresa: apesar do dia útil imprensado entre os feriados e da concorrência do sol forte significando dias de praia no Rio de Janeiro, o MAM está bem cheio.
Na mostra comemorativa dos 60 anos do MAM, um módulo sobre a construção do prédio, outro sobre a formação da coleção do Museu (na verdade a re-formação, com o que sobrou do incêndio e pode ser restaurado e as doações posteriores ao incêndio. Um lindo Pollock cinza, pequeno (uns 50x50cm), doação do Nelson Rockfeller; e na minha memória ainda aparecem flashes cada vez mais esmaecidos de algumas obras de antes do incêndio: dois lindos Picassos, um lindo Magritte (cenouras/garrafas), e a obra quase completa do Torres Garcia que ficou calcinada.
Ainda um módulo sobre a Cinemateca e seu papel de resistência na época da ditadura, e outro módulo mostra (parte) da exposição da Pré-Bienal de Paris 1969, quando a representação brasileira foi proibida pela ditadura militar de ir representar o Brasil na Bienal, e mesmo a exposição prévia foi fechada após a inauguração. As fotos do Evandro Teixeira são famosas, estão na memória coletiva dos brasileiros quando se pensa sobre os anos da ditadura; bem como os trabalhos do Antonio Manuel, e estes trabalhos incomodaram muito os militares à época pois são documentos muito fortes do período que culminou no AI-5; apenas uma pintura do Humberto Espíndola, e os trabalhos do Ascânio MMM não foram expostos "pois só existem em projeto".
Finalmente, o último módulo , o mais importante, mostra a Arte brasileira no período 1963-1978, com obras importantes de Gerchman (entre outras o LUTE), Antonio Dias, Vergara, Roberto Magalhães, Nelson Leiner, Wesley Duke Lee, Claudio Tozzi (com um pintura de um Guevara pop), Leonilson, Anna Bella Geiger, Cildo, Ivens... e muitos outros.
Como um plus, um recorte da Coleção Gilberto Chateaubriand, desta vez mostrando cem obras do modernismo brasileiro (1915-1960), com curadoria do Reynaldo Roels Jr.
malga | Santa Helena
Há 4 dias
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