As imagens aqui estão como que em uma frisa, um políptico, mas são imagens de pinturas separadas; e ao mesmo tempo são parte de uma proposta mais ampla; arte como obsessão. Estas são as telinhas 9x12cm, mínimas, e as mais difíceis de pintar, como é difícil pintar miniaturas... Por enquanto 3 conjuntos de 5 telas cada conjunto, em formatos diferentes, e o projeto de mais pelo menos 2, com a mesma imagem que se desdobra.
O mais famoso TOC aqui no Brasil talvez seja realmente o cantor, o motivo para estes meus trabalhos. Mas a pintura como obsessão e compulsão encontra em sua maior representante a japonesa Yayoi Kusama. De suas "redes infinitas" do início dos anos 1960, sua fama midiática em uma NYC dos anos 1970, seu ostracismo internada em um sanatório no Japão e sua redescoberta pelo mercado e pela midia em 1997, ela é um exemplo perfeito de obsessão e compulsão aplicada às artes visuais. Eu não vou tão longe, quero apenas falar de uma imagem que se desdobra, pulsa, se reflete em si mesma, e que, dissecada pela pintura, chega à essencia de si mesma, como o que é: um borrão em tons de azul e verde que impressiona a retina e nela renasce. Enfim.
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