No apart de Brasília, as pinturas (telas 50x60cm) da série da obsessão/compulsão, encostadas na TV; o sol da manhã entra no espaço, tenho que ir trabalhar, bebi vinho ontem a noite, terei um dia corrido, à tarde viajo para o Rio. Podemos pensar nas pinturas como que invadindo todo o espaço, como o faz uma TV que você liga e deixa ligada sem prestar muita atenção para o que é dito; podemos pensar em mecanismos obsessivos para evitar catástrofes; podemos pensar na arte como uma das formas de controlar o mundo. Ou não. Apenas isso, uma cena doméstica (a faxineira deve ter vindo depois que eu sai, e deve ter colocado ordem na casa).
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