Ainda bem que consegui visitar, na semana passada, a exposição dos penetráveis do Helio Oiticica no Centro OH, comentei aqui no post sobre a importância de termos uma exposição como esta e minha esperança no renascimento do Centro HO como um local importante na cultura do Rio. Pois bem. Hoje leio no jornal O Globo que a exposição foi desmontada, antes do prazo previsto, pelos herdeiros, por conta do não cumprimento, pela Prefeitura, de condições financeiras acordadas. A notícia vai abaixo. Mesmo sem conhecer os datalhes, tenho pena da cultura no Rio com estes novos donatários (municipais e estaduais); o Parque Lage é um local que sempre sofre ameaças a cada troca de mando. Enquanto isso, São Paulo, por exemplo, só cresce culturalmente; e mesmo no Rio o circuito artistico que não depende diretamente do Estado se mantem e se expande.
Herdeiros de Hélio Oiticica querem tirar nome do artista do centro de arte por causa de briga com prefeitura
Publicada em 15/04/2009 às 18h46m no Plantão do O Globo on-line
por Suzana Velasco
RIO - Os herdeiros de Hélio Oiticica retiraram as obras do artista plástico do centro municipal que leva seu nome, próximo à Praça Tiradentes, e desmontaram nesta quarta-feira a exposição com os famosos penetráveis do artista, que ficaria em cartaz até junho. O motivo foi o não pagamento, pela prefeitura, da segunda parcela de R$ 267 mil aos herdeiros, que, no comando do Projeto Hélio Oiticica, produziram a mostra, e aguardavam o dinheiro desde janeiro. Na reserva técnica do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, inaugurado em 1996 agora só se encontram as peças que foram desmontadas da exposição.
- Estamos nos desvinculando do centro de arte. E vamos tentar tirar o nome do espaço - afirma César Oiticica, irmão do artista e desde o início à frente do projeto.
Ana Durães, diretora do centro há dois meses, afirma que o atraso no pagamento se deve a uma auditoria que está sendo em toda a Secretaria municipal de Cultura. Segundo ela, César Oiticica foi informado pela secretária de Cultura, Jandira Feghali, de que o pagamento seria realizado em breve.
- O projeto ia receber o dinheiro em alguns dias, era só esperar um pouco. Não precisava fazer um estardalhaço. Mas o César achou que era uma luta, como se estivéssemos contra ele. Ele foi muito intransigente - diz Ana.
malga | Santa Helena
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