quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

Um poema de Mario Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Artistas

Os artistas são os guardiões das fronteiras de um reino situado além da sociedade administrada, em paragens não mais alcançadas pelo poder interpretativo das instâncias política e econômica.(...)
Os artistas criam um território livre de dominação e, com isso, um mundo contraposto ao mundo real: um mundo do vazio, do silêncio, da parada reflexiva, na qual o delírio que nos circunda é suspendido por um instante.
(Alfons Hug, curador da 26ª Bienal de São Paulo)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

São São Paulo

Neste final de semana que passou, finalmente fui a São Paulo para ver a 26ª. Bienal.
O que destaco: de longe a melhor coisa da Bienal, o ateliê do Paulo Bruscky.
Em pintura: Beatriz Milhazes, Neo Rauch, Albert Oehlen (Alemanha), o belga Luc Tuymans, a dupla austríaca "climática" Muntean e Rosenblum. O pós-comunista Pavel Pepperstein é interessante mas como pintura deixa a desejar. Os retratos duplos (pintor pinta camponês, camponês pinta pintor) do chinês Chen Shaofeng são interessantes (alguns trabalhos de camponeses são "melhores" como pintura que os realistas trabalhos do pintor). Alguma coisa de um trio de artistas da República Eslováquia que pintam em conjunto ("Three of a nice pair" – Ivan Csudai, Stanislav Diviš e Laco Teren).
Uma vídeoinstalação apenas me prendeu a atenção, do francês Melik Ohanian, uma sucessão de desastres impressionantes, em nove projeções simultâneas.
A performance/instalação dos portugueses Rui Chafes e Vera Mantero (em vídeo pois a performance mesmo aconteceu apenas nos primerios dias da Bienal).
A proposta do norte-americano Mark Dion, revendo a viagem do Thomas Ender pelo Brasil, as fotos do alemão Thomas Struth e as instalações de Ieda de Oliveira, Laura Vinci e Ivens Machado, além do Chelpa Ferro que eu já havia visto no MAM do Rio.
Em São Paulo vi também a exposição Fashion Passion, na OCA, uma exposição linda, bem montada, com um clima realmente fantástico. Uma oportunidade única de ver de perto, reais, vestidos de Paul Poiret, Coco Chanel, Dior, Pucci, John Galliano, Christian Lacroix, Viktor & Rolf (destaque para o smoking-esqueleto), Elsa Schiaparelli (o manteau Arlequim e os vidros de perfumes são algo que eu queria muito ver ao vivo), Yves Saint Laurent, Balenciaga, Courrèges, Vivienne Westwood, Jean Paul Gaultier (lindíssimo o vestido que se inicia no decote como uma simples malha listrada de marinheiro, na cintura começa a receber pequenas plumas listradas e se encerra na barra com a profusão de plumas)... além de um final com uma parada de criadores brasileiros... O site é interessante, clicando em "Veja o Hot Site" há uma viagem pela exposição.

terça-feira, 9 de novembro de 2004

"Uma Faca Bem Afiada", tinta acrílica sobre tela de 70x70cm. Vou estar com ela em uma coletiva de alunos do Zé Maria Dias da Cruz, que abre no Parque Lage na semana que vem. Posted by Hello

sábado, 2 de outubro de 2004

Deserto

Se agosto foi um deserto de notícias neste blog, setembro continuou o deserto. Mas isto não significa que não tenha havido movimento: teve, e muito. Muitas noites no "atelier de desenho", muitas leituras, muitas visitas a exposições. Tenho trabalhado pouco em aquarela, e me jogado muito na pintura, com alguns resultados, maior fluência, maior domínio do meio. A minha visão da cor passando por uma revolução, a partir dos estudos com o José Maria Dias da Cruz. A principal leitura, o fundamental Rudolf Arnheim, "Art and Visual Perception", indicado pelo John Nicholson. Volto a escrever.

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

"Atelier de desenho"

Meu novo espaço para desenhos, aquarelas e também pequenas telas. Posted by Hello

Agosto

O mês de agosto, aqui neste blog, foi um deserto de notícias... Não que eu não tenha tido nada para contar, e sim que estou de férias e com isto as atividades mais de rotina ficaram prejudicadas. Reinicio já em setembro contando da arrumação que estou fazendo em casa e na qual consegui (pelo menos pretendo) deixar de utilizar a mesa da sala de jantar para desenhar (sempre coberta por um plástico, com papéis e outros materiais se acumulando nas cadeiras a sua volta, o eterno medo de manchas indeléveis, o jantar vendo televisão no quarto e o transtorno em meu trabalho ocasionado por uma simples visita de alguém para jantar). Vou postar foto do novo "atelier de desenho". Para pinturas, como a mesa é pequena (75x75cm), dá para utilizar em telas menores e continuar trabalhando nas telas maiores em outro local, mas o ideal será juntar tudo em um só espaço.

sexta-feira, 30 de julho de 2004

Macacos Longevos, uma aquarela Posted by Hello

quarta-feira, 14 de julho de 2004

Os Macacos Longevos

O conceito original é do evolucionista Julian Huxley, irmão do escritor Adous Huxley, e foi retomado por outros autores como Richard Dawkins. Em defesa do conceito de que a vida poderia surgir por acaso, Huxley argumentava que, desde que dispondo de tempo suficiente, um grupo de macacos datilografando aleatóriamente poderia eventualmente produzir como resultado as obras completas de Shakespeare.
Um conceito semelhante está em Borges: a Biblioteca de Babel, infinita, com volumes onde as letras se dispõem aleatóriamente. Por ser infinita, esta Biblioteca contém livros com todas as combinações possíveis de letras e, portanto, contém todos os livros que foram ou que podem vir a ser escritos.
(A Biblioteca de Borges me remete diretamente a trabalhos da pintora Maria Helena Vieira da Silva e também a uma tela de Miguel Barceló. E hoje este conceito é visto como uma "premonição" de Borges sobre a Internet, que seria a verdadeira Biblioteca-infinita).
E o tema dos "macacos longevos" ficou em minha cabeça até que apareceu em uma série de desenhos que estou fazendo, em técnica mista (pastel oleoso, nanquim e aquarela), em meus caderninhos: escritas, garatujas, cores em interação e formas aleatórias se combinam e neste caos se vê sugestões de uma ordem.

quinta-feira, 8 de julho de 2004

Revendo "Cantando na Chuva"

A Festa (Do bolo saiu uma dançarina) Posted by Hello

Do bolo saiu uma dançarina

Sábado passado revi, em DVD, "Cantando na Chuva". Uma cena, a da Debbie Reynolds em uma festa na casa do produtor de cinema saindo de dentro de um bolo, dançando e cantando "All I Do is Dream of You" à frente de um grupo de coristas me prendeu visualmente, pela combinação de rosa e dourado em movimento, pelas fitas esvoaçantes, pelo kitsch suave e alegre. Mais tarde fiz algumas aquarelas sobre o tema, abstratas, bem coloridas com rosas, lilazes e ouro. Os títulos das aquarelas fazem referência à cena do filme. Estou também estou desenvolvendo o tema em uma pequena tela, e o desafio do abstrato está me fazendo deixar um pouco a figura de lado.
(veja mais fotos das demais aquarelas em meu Fotolog )

quarta-feira, 7 de julho de 2004

Exposição do Chico Cunha

Inauguração ontem da exposição do Chico Cunha, meu colega de Parque Lage nos idos dos anos 1980 e hoje meu professor de pintura no mesmo Parque Lage, na Galeria Anna Maria Niemeyer. Uma boa exposição: 8 telas grandes (fotos das telas estão no "site" da Galeria), quase monocromáticas, com algumas figuras fantasmagóricas como que saídas de velhas fotos preto&branco ou de memórias desvanecidas, vagando entre formas dúbias magistralmente contruídas com texturas e pinceladas de óleo e encáustica. E alguns desenhos, de pequeno formato: silhuetas sobre restos de antigos mapas.

terça-feira, 6 de julho de 2004

999dias/999desenhos

Desenho #330 da série 999dias/999desenhos Posted by Hello

domingo, 20 de junho de 2004

Aquarelas sobre convites

Quatro aquarelas feitas sobre papel reciclado (convites de desgustação para vinhos argentinos) Posted by Hello

quinta-feira, 17 de junho de 2004

"Seis Profanos Corações"

Mais uma aquarela da série "Seis Profanos Corações". Posted by Hello

terça-feira, 15 de junho de 2004

Pequeno Coração

Acrílico sobre tela, 25x25cm, o nome é "Pequeno Coração", terminada ontem. Posted by Hello

Um dia de sol

Sombras da persiana sobre o São Sebastião do Glauco Rodrigues e a cena de praia do Enéas Vale Posted by Hello

domingo, 13 de junho de 2004

Luiz Pizarro

Exposição do Luiz Pizarro na Galeria Anita Schwartz, na Barra. Bom trabalho, boa pintura, uma retomada à força e à qualidade da pintura do Luiz Pizarro da década de 1980 (Geração 80). Ele retoma o tema do corpo, usando lutadores. O tratamento faz uma textura quase de pedra, que se contrasta com as cores – azuis, vermelhos, violetas... – delicados como asas de borboletas...

Violetas africanas

Os jarros Posted by Hello
Jarros com violetas africanas na janela da cozinha, e o pequeno acrílico sobre tela (25x25cm) "Africanas Violetas", que terminei hoje. Posted by Hello

sábado, 12 de junho de 2004

Ivan Serpa

Semana passada eu revi a exposição retrospectiva do Ivan Serpa no Paço Imperial. Claro que é pequena para mostrar o que foi o Ivan Serpa, a multidão que havia dentro de um só artista, o espírito solto e o rigor na conduta e na execução, a capacidade de despertar consciência e de agregar valores, a pesquisa, o não compromisso com o estabelecido, a ousadia de sempre buscar novos caminhos, e mais que tudo isto, a suprema estética que ele nos revelava em cada obra sua. Ele esteve sempre na vanguarda do pensamento artístico brasileiro, mas sempre sem se escravizar a uma só linha de pensamento, e espalhou esta sua consciência entre as centenas de alunos. Morreu jovem, com apenas 50 anos, em um abril quente, já são 31 anos. O Brasil não tem memória, isto já virou um lugar comum, e em 2003, quando o Ivan faria 80 anos (e 30 anos de sua morte), tivemos algumas iniciativas dispersas de o lembrar: a exposição centrada na fase op-erótica no Espaço Cultural Antônio Bernardo e a exposição de um caderno de aquarelas na Galeria Mercedes Viegas. Em vista destas, a exposição do Paço é uma retrospectiva, e apresenta um apanhado da sua obra, calcada no excelente livro sobre sua obra, editado em 2003. Do Paço, destaco uma excelente montagem para a Fase Negra, e o aspecto retrospectivo mesmo, de resumir a multiplicidade das fases em obras significativas. Ver a exposição me remete ao passado, lembro o Ivan dando suas aulas, e fazendo do Centro de Pesquisa de Arte na Rua Paul Redfern da Ipanema dos anos 1970 um centro irradiador da vanguarda em arte mundial. Isto ficou mais forte na minha primeira visita à exposição, logo depois da inauguração, quando lá encontrei com a Mônica Barki, também antiga aluna do Ivan, minha “colega de bancos escolares”, e rememoramos um pouco o passado. Sem o menor alarde, recebíamos visitas: Volpi, Tenreiro, Helio Oiticica, as Lygias (a Clark e a Pape)... e os então jovens como Waltércio, Antonio Manuel... e no papel de alunos mais antigos: Jerry (depois conhecido como Gerald Thomas), Emil Forman, Paulo Gomes Garcez... No prédio todo branco, bem perto da Praia de Ipanema e do Jardim de Alah, aquelas telas da fase dos quadradinhos (a frase ouvida no Centro era: “teve uma época que todos começaram a pintar quadradinhos...”, claro que seguindo o Ivan), as centenas de permutas das serigrafias, as lindas nanquins eróticas vindo do moldureiro (a nossa boa Artefacto). Éramos jovens, tínhamos a vida e a arte pela frente. Os anos 1970 eram os anos de chumbo da ditadura mas em Ipanema havia um espaço de ousar, e para mim no centro desta ousadia estava o Centro de Pesquisa de Arte, e no centro do Centro, a figura carismática do Ivan Serpa. Hoje, uma surpresa: na novela das 8h da Globo, no quarto cenográfico da personagem Beatriz Vasconcelos, vejo (dedo certamente do Gilberto Braga) um belo Ivan Serpa da fase abstrata (talvez uma reprodução do "Jeanne d'Arc", mas para mim o melhor de todos desta fase é o da coleção do Ivo Pitanguy, com os azuis). Todos eles, o do Pitanguy e o da Beatriz V., estavam no Paço, e isto me diz que a vida afinal imita a arte, ou que os grandes homens não morrem, ficam encantados, ou qualquer outra coisa que seja, mas, enfim, me volta ao Ivan e ao que teria sido a Arte Brasileira se ele não tivesse ido embora naquela tarde quente de abril de 1973.

sexta-feira, 11 de junho de 2004

Fotolog

Consegui, depois de algumas tentativas (são só 500 novos membros aceitos a cada dia a partir de 1h da madrugada no horário do Rio, em 10min a quota de 500 já se esgota) me cadastrar e criar minha página no Fotolog.
Coloquei uma foto da mesa do atelier hoje de manhã, ainda cheia dos trabalhos de ontem: telas pequenas, encerrando várias telas que estavam pendentes, iniciando telas novas. Interrompi aquela tela de 100x90cm, e a estratégia que tracei para mim no momento é: atacar muitos trabalhos em paralelo para descontrair, romper a postura perfecionista, a compulsão do bom acabamento, e a segurança do figurativo muito certinho que conduz ao narrativo, à ilustração. Daí o tamanho pequeno: 30x40cm, 40x40, 40x50, 50x50cm a maior. Um trabalho mais solto, mesmo sujo, com muitos elementos e muitos resultados irregulares, para uma fase posterior de depuração e limpeza. E me policiar para evitar que a fugura seja o porto seguro, que a narração seja a minha muleta. E com muito prazer no fazer.

terça-feira, 8 de junho de 2004

Trabalhando em uma tela de 1m x 90cm, ainda sem título. A área mais escura do lado direito é um defeito da fotografia. Ainda vou trabalhar mais na "neblina", fazê-la bem carregada, e talvez incluir outros elementos. Posted by Hello

segunda-feira, 7 de junho de 2004

999 dias/999 desenhos

Como proposta é claro que é um descendente direto de propostas do Christian Boltanski nos anos 1970, ou um pouco como muitas outras propostas que falam do passar do tempo, do marcar o tempo (Opalka, por exemplo) E como desenho, folheando agora os já 5 cadernos, chegando na marca dos 300 desenhos, o resultado é bem irregular: bons desenhos, esboços, anotações, pesquisas, rabiscos... Mas ter começado este trabalho, em agosto de 2003, na onda de minha retomada das artes, foi muito importante para mim, como está sendo importante dar continuidade, um desenho a cada dia, como um diário sem palavras (às vezes com palavras), sem a preocupação de refletir o ocorrido a cada dia, mas marcando a passagem do tempo, a passagem do meu tempo. Como o náufrago ou o prisioneiro marcando os dias de sua pena. Ou o general ainda vitorioso contando os mortos e se sentindo cada vez mais vivo.
Desenhos numero 168 e 293 Posted by Hello

domingo, 6 de junho de 2004

Cena doméstica

Peixe da decada de 1950 em porcelana enfrenta onça em cerâmica da Serra da Capivara, Piauí, sobre a estante do corredor Posted by Hello

Ainda na estante

Jabuti (em cerâmica) na estante do corredor, entre uma aquarela do Gonçalo Ivo, uma caixa do Eduardo Barreto e uma gravura ("Casal") do Gregório Gruber Posted by Hello
Mesa do atelier, com algumas das aquarelas de ontem à noite Posted by Hello

sexta-feira, 28 de maio de 2004

Uma vivência radical

A pintura é uma forma radical de se ver o mundo. De viver o mundo. A pintura é uma vivência radical. Quando se pinta, nunca mais o mundo será o mesmo. Nunca mais aqueles tons bege, aquela música de elevador, aquelas salas de reunião com toda a etiqueta oriental da troca de cartões de visita, os correios eletrônicos corporativos, os executivos de planejamento estratégico ou de gestão do conhecimento. Nunca mais o mesmo, se um lilás furtivo irrompe em meio a uma reunião gerencial das 11 da manhã, ou se os azuis tomam conta de um relatório de qualidade empresarial das 17 horas. Uma vivência radical: colocar o mundo que está além das reuniões e dos relatórios, vivo, desencarnado, sangrando, nas telas brancas que me esperam à noite.

terça-feira, 25 de maio de 2004

Aquarela da série "Profanos Corações" Posted by Hello
Aquarela da série "Profanos Corações" Posted by Hello
Aquarela da série "Profanos Corações" Posted by Hello
Aquarela da série "Profanos Corações" Posted by Hello

Aquarelas: "Profanos Corações"

Domingo à noite me dediquei à aquarela, fiz algumas sobre papel reciclado impresso (convites de degustações) e também iniciei uma série, dentro da temática do Sagrado Coração. São corações enfileirados, quase "Profanos Corações", com muita cor e toques em ouro. Ficaram bonitas. Nas aquarelas estou conseguindo resultados bem superiores às aquarelas de antigamente. As recentes são muito mais soltas e tem aquela "qualidade de aquarela" que nas antigas eu muitas vezes perdia, ficando ilustrativo, por muito preso ao conceitual. Já nas pinturas ainda estou tateando. Vou fotografar as aquarelas, se conseguir boas fotos coloco aqui.

domingo, 23 de maio de 2004

O nome é "Gradeado", tinta acrílica sobre uma tela com 80x100cm, de abril de 2004 Posted by Hello
Acrílico sobre tela, de março deste ano, o tamanho é 80x100cm e segue a temática do Sagrado Coração: "No Mundo da Matéria" Posted by Hello

sábado, 22 de maio de 2004

3 múltiplos: "O Bêbe" do Ernesto Neto, "Icosaedro" do Felipe Barbosa e as pernas dos "Candangos" do Bruno Giorgi Posted by Hello

quarta-feira, 19 de maio de 2004

Richard Long

Um vídeo de 1988, "Stones and Flies: Richard Long no Sahara" (Philip Haas): o artista no deserto, paisagens descampadas, e uma arte formada de trilhas, pedras, chão batido por pés, água derramada sobre a terra escaldante formando rios cuja identidade é a vocalização de um nome: "Amazon, Zaire...". Há um bom "site" sobre o Richard Long, que é um artista nascido em 1945 e cujo trabalho, embora me pareça muito anos 1960-1970, tem uma atualidade impressionante. Abre para se pensar em muitas coisas: a mística do andarilho (me lembra Paul Bowles), a pequenez do ser humano frente à imensidão da natureza (minha referência é Caspar David Friedrich), a solidão e o sublime..., e dentro disto tudo é profundamente conceitual, conciso e belo.

terça-feira, 18 de maio de 2004

Ainda não está pronta e a foto não está boa mas se pode ver como está ficando. O tamanho da tela é 100x160cm Posted by Hello

segunda-feira, 17 de maio de 2004


Foto do artista em frente aos desenhos Posted by Hello