
Outras iniciativas bem interessantes, e com bom retorno, estão baseadas na internet e nas redes de relacionamento, conceitos e realidades bem contemporâneas.

Já no Rio, a utilização das redes de relacionamento para veicular o trabalho de artistas e promover vendas de arte surgiu a partir da iniciativa dos próprios artistas, com a criação da FaceArte, que funciona como um “perfil” no Facebook. Os portfólios dos artistas ficam armazenados como álbuns do Facebook, a divulgação segue o formato de mensagens e eventos do site, e as vendas são negociadas por email.

E agora, FaceArte também faz uma passagem bem sucedida para o mundo real, com a exposição Formatos, que abriu ontem no Espaço Crânio, no Rio. É a chance de ver “ao vivo” as obras que estão expostas no espaço virtual do Facebook, conversar com os artistas e organizadores, e o público reagiu bem, enchendo a galeria e comprando. O sucesso no mundo real certamente vai alavancar a atuação virtual de FaceArte.
Utilizando sistemas pré-existentes (todo o software e infra-estrutura do Facebook, já disponível gratuitamente), sistemáticas próprias leves (contato com clientes por email, remessa de trabalhos por Sedex, captação de novos fornecedores/artistas e consumidores/colecionadores através da própria rede de relacionamento), e criando uma imagem virtual positiva (bom gosto, contemporaneidade, preocupação social), FaceArte pode ser descrito como um case de sucesso em e-commerce.
Apesar do crescimento e consolidação do mercado de arte no Brasil nas últimas décadas, ele ainda é muito fechado, com muito personalismo e jogos de poder e de interesses. Desta forma, estas iniciativas são importantes para os artistas que conseguem, sem entrar em guerra com as instituições, como era usual nos anos 1970, ampliar suas alternativas.
O link para FaceArte é: http://www.facebook.com/facearte
Fotos do vernissage da exposição estão no site Só Arte Contemporânea
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